O ano de 2022 não foi nada fácil, porém, foi bem melhor do que o cenário conturbado poderia sinalizar. Um período de final (ou controle) de uma das piores pandemias da história, guerra e instabilidade geopolítica, campanhas eleitorais acirradas e muitos outros fatos com grande potencial para abalar os mercados do mundo e, claro, do Brasil.
Como consequências, tivemos a economia confusa e variadas mudanças nos padrões e hábitos familiares, impactando em diferentes segmentos de negócios e gerando a necessidade e curiosidade sobre como analisar as tendências do mercado imobiliário para 2023, tema do nosso artigo de hoje. Então siga na leitura e confira!
É um segmento com muitas variantes, por isso, o ideal é estratificar os dados para analisar as tendências do mercado imobiliário para 2023. Além disso, nenhuma tendência é definida a partir de uma data, ou seja, ela começa antes, vai se formando de acordo com o desenrolar dos acontecimentos e prossegue depois do período limitado num estudo de suas características. Assim, alguns aspectos determinantes em 2022 estão igualmente observados neste blogpost, como:
Um bom exemplo das distorções nas tendências do mercado imobiliário para 2023 é o antagonismo entre o crescimento das vendas de imóveis maiores ao mesmo tempo em que há o aumento de transações envolvendo estúdios. A questão depende de fatores específicos, incluindo as necessidades dos clientes finais.
Casas ou apartamentos maiores e/ou com mais cômodos são preferências de quem passou a exercer suas atividades profissionais em home office ou de forma híbrida, desejando, para isso, contar com um local apropriado para estabelecer o seu escritório, além de desejar mais conforto para si e a família, nessas condições.
Já os estúdios estão novamente em alta (foram assim no passado, com o nome de “conjugados”) em cidades grandes, em que há imensa perda de tempo e insatisfação com o trânsito para o trabalho. Dessa maneira, quem continua indo às empresas está optando por apartamentos que fiquem o mais próximo possível, geralmente pequenos devido ao custo praticado nessas localizações.
Outra situação, já abordada aqui num outro artigo, é o êxodo urbano, em que pessoas se mudam das metrópoles para áreas rurais ou pequenas, em busca de mais qualidade de vida, o que impacta tanto na procura de imóveis dessas localidades quanto na oferta nas cidades deixadas e contribuem na formação das tendências do mercado imobiliário.
Até mesmo especulações ou expectativas podem causar mudanças significativas nesse cenário. Vimos, nas preparações para a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil, um boom na construção civil, em seus vários nichos, entre eles, os de imóveis residenciais, comerciais e corporativos.
Só que, passando os eventos, o mercado não correspondeu: a crise política e financeira no país freou os planos e inúmeros empreendimentos ficaram vazios, em estoque, fazendo com que seus preços não subissem ou até mesmo tivessem que baixar. Há muita gente, ainda, aguardando que novos horizontes sejam mais benéficos a eles, na esperada valorização.
Eventos de grande porte, como shows ou convenções anuais ou bienais, também apresentam dois lados: podem tornar um imóvel residencial menos atraente para quem gosta de bairros e ruas silenciosos e calmos, ou aumentar seu preço devido à possibilidade de bons ganhos em alugueis por temporada.
Poderíamos ter incluído o primeiro item (imóveis maiores x menores) aqui, tendo em vista que a pandemia tem estreita ligação com esses novos conceitos de moradia e trabalho e é considerada, por muitos, um acidente ou incidente sanitário, mundial e histórico. Ela se enquadra nas ocorrências inesperadas que, devido à sua magnitude, muda tudo sobre tudo.
Da mesma forma, as áreas próximas às barragens de mineradoras tiveram expressiva queda nos seus valores imobiliários, tendo em vista o receio causado nas pessoas após os acidentes em Minas Gerais. Ainda, constantes enchentes e desmoronamentos também desvalorizam os negócios, pois, independente do padrão da área, há o medo de tragédias similares.
O assunto do momento, já que estamos aguardando a posse de um presidente e suas definições sobre a economia e políticas públicas, o que tem relação direta com as taxas de juros, linhas de crédito, preços da construção civil, medidas para facilitar as amortizações de contrato e tantas outras que impactam na vida de todos os brasileiros e suas contas.
E não somente a política nacional, mas também a internacional, influencia no mercado imobiliário e financeiro no geral. A guerra entre Rússia e Ucrânia, por exemplo, por um encadeamento de consequências, contribui no aumento de preços de matérias-primas para a construção civil e da inflação em geral, diminuindo o poder aquisitivo da população.
Menos dinheiro na mão significa o adiamento de planos, principalmente os de alto valor, como a compra da casa própria. E, pior, reduz a capacidade de pagamento das parcelas de quem já fechou negócio, levando ao incremento da inadimplência – e respectiva retomada do imóvel – e dos distratos. É prejuízo para muita gente, se estendendo a outros segmentos correlatos.
Por isso, devemos observar tudo o que acontece no Brasil e no mundo, pois um ou mais fatos, repentinos ou não, podem modificar os preços e tendências do mercado imobiliário. Outra medida que não podemos esquecer é providenciar a Avaliação Imobiliária e o Laudo de Avaliação de Imóvel sempre que precisarmos conhecer seu valor para uma vantajosa transação.
Quer saber mais? Entre em contato com um especialista da MK Engenharia de Avaliações, uma empresa com expertise no tema, que terá o prazer de ajudar você na realização dos seus projetos.
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Abraço e Feliz 2023!
Até a próxima.
Marcia Costa
MK Engenharia de Avaliações