Num processo de compra e venda sempre há, por trás, todo o mercado referente àquele bem e os diversos fatores que interferem nos preços e demais condições dessa operação. A situação local e a economia do país são elementos essenciais nesse cenário pois, de várias formas, intervém nos negócios, inclusive, do mercado imobiliário.
Por isso, é necessário estar bem informado na hora de fundamentar decisões (exemplo: providenciando uma Avaliação Imobiliária e o Laudo de Avaliação de Imóvel, que consideram as variantes do mercado imobiliário na precificação). No artigo de hoje, falaremos do tema, a fim de esclarecer esses aspectos para você. Quer saber mais? Continue lendo e confira.
O mercado imobiliário (compra, venda, locação e administração de imóveis, construídos ou não) é parte do segmento que também inclui o setor da construção civil, um dos principais motores da economia de qualquer nação, já que se trata do centro de uma enorme cadeia produtiva.
Fomenta inúmeras atividades, desde a prestação de serviços, extração de matéria-prima, indústria, logística, comércio e investimentos e gera empregos de todos os níveis de qualificação, entre as etapas de aquisição e preparação de terreno, projetos, obras, vendas, pós-vendas, gerenciamento etc.
Assim, ajuda a movimentar substancialmente a economia e chega a ser um indicador de seu desempenho, pois representa um dos maiores bens (ou o maior) a serem adquiridos pelas pessoas, cuja realização só ocorre se elas têm confiança no país e em seus próprios trabalhos e ganhos.
Da mesma maneira que o mercado imobiliário interfere na economia, o inverso também é verdadeiro. Os resultados da economia praticamente regem a compra e venda de imóveis, devendo ser profundamente estudados antes do fechamento de um negócio desse porte. Os principais fatores atuantes são:
A queda do dólar faz com que os produtos importados fiquem mais baratos, puxando a inflação – e consequentemente a taxa de juros – para baixo. As guerras e sanções na Europa elevam as exportações brasileiras, atraindo investidores. As eleições, principalmente quando incluem a do mais alto cargo do Executivo – a presidência – causam expectativa e moderação.
Esses são exemplos de fatos que impactam na inflação, sendo que esta tem relação direta com o mercado imobiliário, pois aumenta ou diminui a liberação de crédito e a taxa de juros, além de que envolve todos os preços vigentes – de materiais de construção ou da rotina do indivíduo – alterando as bases de cálculos para quaisquer transações.
Taxas de juros altas (definidas pela SELIC) desanimam o comprador de um imóvel a adquirir um financiamento, pois a previsibilidade de suas contas fica ameaçada devido ao aumento da inflação e de suas parcelas, assim como todo o mercado se mostra incerto. Em contrapartida, com as taxas de juros mais baixas, há um crescimento da oferta e da demanda por crédito imobiliário.
Não é fácil comprar um imóvel à vista e, por isso, boa parte da população precisa de um empréstimo, geralmente para quitação a longo prazo e com a concessão da maior porcentagem possível sobre o valor do bem.
Dessa forma, quando há a extensão do tempo de pagamento para até 35 anos, e um teto de financiamento mais alto (80%), pode-se reduzir o valor da entrada e das prestações, proporcionando o contrato para muita gente.
Trata-se de outra medida que o governo deve adotar (e o faz, quando quer estimular o mercado imobiliário) para injetar dinheiro na economia, especialmente para a compra de imóvel, por meio das suas linhas de financiamento. É um grande facilitador, tendo em vista que é uma reserva que o trabalhador nem sempre consegue poupar por conta própria.
É mais difícil que as instituições financeiras concedam crédito a quem apresenta renda informal, pois, aparentemente, há mais riscos de inadimplência. Também é menos provável que a pessoa nessa condição queira assumir uma prestação mensal, mesmo sendo em substituição ao aluguel que já paga.
Ainda: baixos salários não permitem um grande poder de compra, principalmente, em épocas de crise econômica. Unindo-se a isso, para a liberação de um empréstimo não podem ser comprometidos, em geral, mais do que 30% da renda, o que torna o limite da parcela bem reduzido, não sendo o suficiente para a aprovação solicitada.
O agronegócio tem crescido na economia nacional, colaborando no êxodo urbano, o que faz com que muitas pessoas migrem para o interior, necessitando vender imóveis no lugar que estão deixando e comprar outros na localidade para onde estão indo, conforme o novo planejamento.
O avanço dos investimentos nos Fundos Imobiliários, em detrimento da aposta em imóveis físicos, também modifica o mercado imobiliário, assim como outras aplicações financeiras que mantenham a liquidez podem continuar sendo a preferência de muitos, sobretudo, após a pandemia assombrar a sociedade com a falta de dinheiro, justamente quando ele era mais necessário.
E, para terminar, só vamos citar o conhecido “ciclo econômico” ou “ciclo imobiliário”, que fala das fases de auge, recessão, depressão e recuperação dos negócios, que engloba as questões da oferta e demanda, além do que vimos neste texto.
Esperamos que este artigo contribua na compreensão sobre o mercado imobiliário e sua relação com a economia. Lembramos que é sempre bom ter todas as informações ao fechar uma transação, inclusive, uma Avaliação Imobiliária e o Laudo de Avaliação de Imóvel, importantes documentos que a MK Engenharia de Avaliações pode providenciar para você. Entre em contato e saiba mais.
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Até o próximo conteúdo!
Marcia Costa
MK Engenharia de Avaliações