Você deve conhecer ou já ter trabalhado com alguém que fosse motivado, feliz e totalmente realizado no seu trabalho. Mas, quantos desses profissionais você também viu esmorecer em um curto espaço de tempo?
Quantos profissionais proativos e altamente motivados perderam a coragem e se entregaram ao cansaço e desânimo? No cenário atual em que vivemos, muitos deles perderam o brilho e a garra por desempenhar suas funções. Essas pessoas podem estar passando por um quadro de desgaste emocional extremo desencadeado por estressores no trabalho, esse quadro qualificado por três dimensões: exaustão, despersonalização e ineficácia é a Síndrome de Burnout. Um distúrbio psíquico que surge devido a trabalhos desgastantes em âmbito psicológico, físico ou emocional.
Conheça mais sobre este problema! Fique comigo.
O termo é de origem inglesa, o significado de burn é queima e out é fora, ou seja, traduzindo é aproximadamente “ser consumido pelo fogo”. Atinge os profissionais com idade a partir de 40 anos e mais mulheres que homens.
Os sintomas físicos: envolvem distúrbios do sono, dores musculares, enxaquecas, transtornos cardiovasculares, cansaço constante, disfunção respiratória etc.
Sintomas psíquicos: alterações na memória, sentimento de impaciência, baixa autoestima, depressão, paranoia etc.
Sintomas comportamentais: irritabilidade, isolamento, cinismo, ironia, falta de interesse pelo trabalho e muitos outros.
A Síndrome de Burnout não se trata apenas de um quadro de stress corriqueiro, burnout é um estado de stress em que o profissional não se sente capaz de desempenhar as atividades que sempre exerceu, instala-se um vazio e falta empatia. A pessoa com essa doença se torna grosseira, rude e não lida bem com clientes e/ou com seus parceiros de trabalho.
Para entender melhor a diferença entre stress e burnout é preciso saber que o stress convencional leva o indivíduo à percepção do excesso de trabalho que tem a fazer e de suas responsabilidades nesse processo, já no burnout não há nem mesmo a percepção de acúmulo de atividades, mas um vazio que leva à sensação de que não há nada a ser desempenhado.
Um detalhe importante que deve ser observado por quem está próximo a alguém nessa situação é que o enfermo não percebe que está doente. Vale lembrar ainda que burnout é causado pelo trabalho e não por outras razões.
No stress rotineiro o principal prejuízo é físico, enquanto que em relação a burnout é emocional.
Há algum tempo a doença era atribuída ao trabalho de policiais, professores, agentes penitenciários etc, mas em todos os tipos de labor há pressão e ansiedade pelo resultado. Imagine como é intensa a rotina de um controlador de voo, técnicos de clubes de futebol ou de outros esportes, advogados, profissionais da área financeira e tantos outros.
Em todas as áreas de trabalho há estresse, em algumas pode ser sazonal, em outras é frequente. Também tem nível de esgotamento, uns é mais físico, outros cognitivo e muitos envolvem os três pontos desgastantes: psicológico, físico e emocional. Entretanto, atinge principalmente os profissionais que têm envolvimento interpessoal intenso com outras pessoas.
Existe tratamento para a Síndrome de Burnout e, assim que for diagnosticada, é preciso iniciá-lo. O enfermo necessitará de atenção multiprofissional com médicos, psicólogos, nutricionistas, terapeutas etc. Em alguns casos será necessário fazer tratamento medicamentoso também.
O enfermo deverá praticar algum exercício físico, afastar-se por um período do trabalho, realizar atividades díspares das que exerce na vida profissional, manter alimentação saudável, descansar, dormir bem entre outros.
É importante que a família se envolva e dê apoio, observando se a medicação e as condutas de tratamento estão sendo realizadas.
Para eficácia do tratamento é necessário que as pessoas que rodeiam o enfermo jamais digam que é frescura, façam comparações entre a vida do doente e de outras pessoas em situações aparentemente piores.
E você, conhece alguém que está sofrendo estes sintomas? Deixe sua opinião nos comentários!
Até o próximo assunto,
Um grande abraço,
Marcia Costa
MK Engenharia de Avaliações
4 Comments
Olá, me chamo Giovanna e há pouco tempo atrás eu fui acometida por esta Síndrome. Trabalhava coordenando 50 projetos comerciais, sem tempo sequer para almoçar, grande quantidade de vezes. Viajava um final de semana por mês para o Chile, para fazer um mestrado profissional, aonde eu madrugava durante praticamente 3 dias e já voltava segunda-feira a trabalhar. Chegou uma hora que comecei a adoecer, dores de cabeça frequentes, tremedeiras incontroláveis que se desenvolviam em quadros convulsivos, dores no peito, falta de ar, perda da fala e da movimentação. Até que um dia tive um pico de todos os sintomas juntos e fui parar na UTI. Meu marido, desesperado, me levou para o pronto socorro, aonde fui sibmetida a uma série de exames e no final, constataram que era apenas estresse. Me afastei impreterivelmente do trabalho aonde tive a enorme sorte e satisfação de conseguir outro emprego. Hoje me encontro muito mais plena e serena, consegui engravidar e bancar meu casamento! Ou seja, quando olho para trás, não me arrependo nem por um segundo de recusar o emprego que todos julgavam ser dos sonhos por uma vida com maior qualidade.
Cara Giovanna, bom dia!
Obrigado por compartilhar conosco algo tão importante e significativo!
Sinto muito por tudo o que aconteceu, porém, fico feliz por tudo ter dado certo ao final!
Felicidades para vc e para a sua linda família!
Um grande abraço,
Marcia
Obrigada, Marcia! Felicidades, igualmente.
😉